A Funcionalidade Humana, segundo a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde), é a maneira como conseguimos entender como as pessoas funcionam em seu dia a dia, levando em conta a saúde e os fatores ao redor que influenciam ela. Ou seja, é sobre como a pessoa interage com o mundo ao seu redor tendo ou não uma doença/deficiência.

A CIF divide funcionalidade de uma pessoa a partir de três áreas principais:

1. Funções e Estruturas Corporais: Isso envolve o funcionamento do corpo, como os órgãos e os sistemas (coração, pulmões, braços, etc.). Se algo não está funcionando bem, pode afetar a forma como a pessoa se move, fala, vê, escuta, entre outros.

2. Atividades: Refere-se ao que a pessoa consegue ou não fazer sozinha. Por exemplo, se ela pode andar, comer, escrever, ou se precisa de ajuda para realizar essas tarefas. Essa parte foca nas ações do dia a dia.

3. Participação: Está relacionada à inclusão da pessoa na sociedade e ao quanto ela consegue participar de atividades sociais, como trabalhar, estudar, ter amigos, etc. A participação envolve o papel da pessoa na vida social, familiar e comunitária.

Além disso, a CIF também considera dois tipos de fatores externos que podem influenciar essas áreas:

• Fatores Ambientais: São os elementos ao redor da pessoa, como o ambiente físico, as políticas públicas, a atitude das outras pessoas, a tecnologia, etc. Se o ambiente for acessível, pode ajudar a pessoa a funcionar melhor. Caso contrário, pode dificultar sua participação.

• Fatores Pessoais: São as características individuais da pessoa, como motivação, habilidades, nível de educação, cultura, e como ela lida com as situações da vida.

Então, a Funcionalidade Humana segundo a CIF não é apenas sobre o que uma pessoa "não pode fazer", mas como ela pode ser apoiada para participar da vida de forma plena, considerando todos esses fatores. A ideia é olhar a pessoa como um todo e promover sua autonomia e inclusão, respeitando suas limitações, mas também suas capacidades.

A musculação, neste contexto, entra como uma aliada poderosa na manutenção da massa muscular do indivíduo. Sendo uma das melhores formas de treino resistido para qualquer perfil de pessoa. Sem massa muscular, perdemos força e em consequência deixamos de realizar tarefas, perdendo funcionalidade ao longo do tempo nos tornando mais dependentes, seja de auxiliares de marcha como andadores/bengalas ou até mesmo com perda da independência aumentando a necessidade de cuidadores. 

A perda de massa muscular e a consequente perda de força global está também diretamente relacionada à maior risco de queda entre idosos. Com a queda da própria altura, idosos ficam mais suscetíveis a apresentar situações graves como fraturas e traumatismo craniano podendo levá-lo a ficar acamado, totalmente dependente para atividades básicas diárias e até mesmo a óbito.

Já está em tempo de mudarmos nossa mente em relação à musculação e não pensarmos mais nela como um lugar para buscar somente a estética, mas sim, a funcionalidade e a longevidade com qualidade! E você? Já tem um Educador Físico pra chamar de seu?